terça-feira, 23 de outubro de 2012

Ideias verdes

Da Austrália vem a lição para construir uma eco casa, com eficiência energética e, acredite, baixo custo
Foto: Kevin Hui (Divulgação)
"De longe, é o projeto mais sustentável que já fizemos." É assim que o arquiteto australiano Andrew Maynard descreve esta casa, localizada na cidade de Northcote, na Austrália. As palavras do profissional fazem todo o sentido quando se vê de perto as propostas. A começar pela fachada de tijolos aparentes - as peças foram reaproveitadas de uma antiga construção que havia no terreno e foi demolida. Apenas parte dela foi preservada, onde fica atualmente os fundos da residência (o arquiteto teve de integrar as duas áreas). "Usando os materiais da antiga residência conseguimos dar personalidade e unificar as duas edificações. Além disso, evitamos a compra de novos itens, o que garantiu economia e evitou maior consumo", comenta.
Foto: Kevin Hui (Divulgação) Foto: Kevin Hui (Divulgação)
Foto: Kevin Hui (Divulgação)Além de planejar soluções parceiras do meio ambiente, o arquiteto ainda teve de pensar em maneiras de economizar durante a obra. Ele garante que gastou um valor baixo, se comparado as outras construções da região. Reaproveitar materiais e desenvolver um projeto detalhado logo no início foram fundamentais para alcançar esse feito.
Foto: Kevin Hui (Divulgação)
Materiais mais acessíveis
Os revestimentos usados nos ambientes internos foram produzidos na região, o que, segundo o arquiteto, dispensou grandes deslocamentos e evitou emissão de CO2. A pedra, conhecida como bluestone, usada no piso é escura e absorve o calor no inverno, mantendo uma temperatura agradável nos dias mais frios. No verão, o sol geralmente fica mais alto e não tem contato direto com o material. Uma película instalada sobre os vidros também ajuda a garantir conforto térmico - retém o calor (no inverno) e ainda reduz a penetração de luz nos dias quentes. "Dessa forma, eliminamos a necessidade do uso de arcondicionado ou outros aparelhos", comenta Maynard.
 Foto: Kevin Hui (Divulgação)A bancada da cozinha é prática. Ampla, permite que os moradores saboreiem refeições mais rápidas sem deixar o conforto de lado (e ainda conseguem interagir com o mestre-cuca da casa). Sob o móvel, Maynard desenhou armários de MDF que acomodam os utensílios do dia a dia, solução que garante aproveitamento total da área. Com essa economia de espaço, foi possível colocar até mesmo uma mesa de madeira com oito lugares por ali.
Foto: Kevin Hui (Divulgação) Foto: Kevin Hui (Divulgação) Foto: Kevin Hui (Divulgação)
A disposição interna da casa facilitou as atividades diárias. Sala de estar, cozinha, ambiente de jantar e um lavabo ficam no pavimento térreo e fazem parte da ala nova da casa. Na antiga, estão o quarto, um banheiro e o living. No andar intermediário, Maynard dispôs mais um dormitório. A cozinha faz parte da antiga estrutura, enquanto a sala compõe a edificação mais atual. O desafio do arquiteto era unir os dois espaços sem delimitar as áreas. Resultado? Grandes vãos ajudam a oferecer uma sensação de continuidade.
Do limão, limonada
Para integrar, de forma harmônica, as duas partes da residência foi necessário planejar um pequeno e charmoso jardim de inverno. "Os moradores aproveitarão esse espaço para fazer uma plantação de tomates, futuramente", comenta Maynard. O tamanho reduzido da casa, segundo ele, foi uma maneira de minimizar os impactos ambientais com novos materiais e obra. Para construir a morada, quase não houve desperdício de materiais e geração de entulho. O novo volume tem grandes aberturas que favorecem a circulação e convidam a área externa a fazer parte do cenário - o jardim se transformou em uma extensão natural da área social. Algumas das paredes internas, principalmente as dos quartos, foram revestidas com madeira reciclada. Essa estrutura garante conforto térmico e acústico na ala íntima. E, o material protege o meio ambiente.
Foto: Kevin Hui (Divulgação)
Foto: Kevin Hui (Divulgação)
Para unir as duas construções (nova e antiga), o arquiteto apostou em um elemento funcional: uma claraboia na cobertura. Além de ajudar nessa intersecção, a abertura ainda permite a entrada de iluminação natural frequente. Todos os vidros utilizados nas esquadrias do projeto são duplos, característica que ajuda a manter o calor dentro dos ambientes nos dias de inverno.
Posição estratégica
O banheiro fica no pavimento térreo para reduzir os gastos. "Optamos por não colocálo no nível superior, o que resultou em economia com as instalações hidráulicas", afirma o profissional. O espaço foi revestido com azulejos brancos onde se inseriram alguns detalhes de contraste; conta ainda com uma bancada de madeira reciclada feita sob medida. A janela, que vai do chão ao teto, é uma forma de deixar o espaço mais arejado. "Com todas as soluções empregadas no projeto, conseguimos erguer uma casa pequena e sustentável. A extensão da morada significou mais do que apenas uma adaptação do espaço para três pessoas: foi uma maneira de imprimir um estilo de vida mais verde", afirma Maynard.
Foto: Kevin Hui (Divulgação)
Fonte:. Revista Constrir Mais por Menos

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