Hoje, o post se relaciona com uma referência da arquitetura esportiva que recentemente
foi apresentada. O Dalian Shide Stadium, na China, desenvolvido pelo
NBBJ, é um estádio com uma tipologia semelhante ao estádio de Braga, em
Portugal - aberto, somente com as arquibancadas laterais. Este partido
leva bastante em consideração o entorno. No caso de Braga, a vista é
para a Pedreira, proporcionando um estádio diferente, inusitado e
interessante. Já no Dalian Shide, temos o posicionamento em relação ao
mar, como podemos ver na implantação abaixo.
Sua
cobertura feita por formas irregulares, presas por cabos flexíveis,
protegem a torcida da radiação direta e ao mesmo tempo colabora com a
iluminação natural no campo. O único ponto negativo seriam as chuvas. No
entanto, deixo pra lá, pois não conheço a freqüencia de chuvas na
região, ainda mais pela China ter o clima de monções - algo bastante
particular.
Além
da questão de melhores vistas, pela conexão com o oceano e com as
montanhas, esta tipologia pode colaborar com o estudo de conforto
ambiental, melhorando a ventilação, que aproveita as correntes
marítimas.
Outro
ponto que chama a atenção é a fachada verde, que filtra o ar e que
conta com um estudo botânico para que cada estação do ano se apresente
de forma diferente.
Outro
ponto positivo é a forma como a estrutura foi feita. Pela imagem
abaixo, podemos ver o quanto a planta fica livre para a circulação do
público torcedor, garantindo segurança. Além disso, o estádio teve um
trabalho de materiais que favorecem o aspecto interior.
Ainda sobre a sustentabilidade...
O estádio tem como reciclar água de chuva e usar energia renovável (através de turbinas eólicas e painéis solares que trabalham em conjunto).
O espaço ao redor do estádio é mais um ponto favorável... verde, amplo e de circulação livre.
O estádio tem como reciclar água de chuva e usar energia renovável (através de turbinas eólicas e painéis solares que trabalham em conjunto).
O espaço ao redor do estádio é mais um ponto favorável... verde, amplo e de circulação livre.
Considero
o estádio como referência por ter o torcedor como ponto focal. É ele o
usuário, e por isso, ele que deve desfrutar do equipamento. Garantindo a
qualidade do uso, a arquitetura promove conforto, beleza e segurança
àquele que fomenta o futebol, o torcedor, e ainda mantém-se no ideal em
relação à sustentabilidade.
O que mais me surpreende é ver que um país que acabou de passar por uma olímpiada, que não tenta uma Copa nem outro mega evento esportivo, desenvolver um projeto tão bem feito e o Brasil que tem apoio vindo de tudo quanto é parte para desenvolver os melhores projetos, se limita arquitetonicamente. Claro que temos as questões financeiras, mas ainda arquitetonicamente falando, nossos projetos poderiam estar muito a frente. Financeiramente, se não aproveitarmos agora, com apoio, futuramente, mais difícil ainda será desenvolver bons projetos sem patrocinadores, financiadores e incentivadores.
O que mais me surpreende é ver que um país que acabou de passar por uma olímpiada, que não tenta uma Copa nem outro mega evento esportivo, desenvolver um projeto tão bem feito e o Brasil que tem apoio vindo de tudo quanto é parte para desenvolver os melhores projetos, se limita arquitetonicamente. Claro que temos as questões financeiras, mas ainda arquitetonicamente falando, nossos projetos poderiam estar muito a frente. Financeiramente, se não aproveitarmos agora, com apoio, futuramente, mais difícil ainda será desenvolver bons projetos sem patrocinadores, financiadores e incentivadores.
Fonte:. Gol da Arquitetura
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