Banheiro:.
- Barras de apoio sólidas nas paredes livres.
- Assento para banho dobrável pregado na parede.
- Largura mínima de 80centímetros no box.
- Piso antiderrapante em toda a área. Se o piso não puder ser trocado, colocar tapetes antiderrapantes com ventosas fixos no chão, dentro e fora do box.
- Desnível de no máximo 1,5centímetros na entrada.
- O vaso sanitário deve ser elevado aumentando em 10 centímetros a base. Também deve ter barras sólidas dos dois lados. Umaalternativa para quem não quizer fazer reformas ou para banheiros que são usados também para outras pessoas é substituir as barras e elevaçãodo vaso sanitário por uma poltrona adaptada encontrada em casas cirúrgicas.
Sala:.
- A iluminação deve ser bem forte e leitosa.- Poltronas e sofás devem ter braços e profundidade que permita apoiar os pés no chão.
- As portas da casa devem ter maçaneta tipo alavanca, mais fáceis de abrir. Ter lagura igual ou maio que 80 centímetros, e pintadas de cor diferente da parede.
- Animais de estimação, especialmente os menosres, podem virar alvo de tropeções. Cuidado com eles.
Escada:.
- Os degraus devem ter todos o mesmo tamanho. Estampas confundem a percepção de profundidade. A ponta de finalização dos degraus deve ser bem finalizada, sempre com cor diferente da do piso. Se houver possibilidade, os degraus podem ter iluminação embutida.
o corrimão deve ficar dos dois lados, começar um pouco antes da escada e terminar depois, e terem cor diferente da usada nas paredes.
- A área também deve ser bem iluminada. Em caso de janelas no alto da escada, a luz frontal pode atrapalhar a visão.
Cozinha:.
- Armários e estantes devem ficar à altura da mão para evitar abaixar ou subir em escadas e banquinhos para alcançar os utensílios.
- Um carrinho de chá juda a transportar os utensílios.
- Mesa e outros móveis devem ter pontas arredondadas.
Quarto:.
- Abajur ou luminária de fácil acionamento junto à cama com controle de luminosidade. A transição entre o escuro e claro não pode ser brusca e botões difíceis de encontrar atrapalham quem precisa levantar no meio da noite.
- Criado-mudo fixado a 10 centímetros acima da altura da cama, e de pontas arredondadas.
- A cama deve ter cabeceira que permita que a pessoa se recoste, e altura que permite que o idoso firme os dois pés no chão ao sentar na beirada (contando o colchão).
Corredor:.
- Iluminação forte e de fácil acionamento ou permanente. Pode ser com sensor de presença ou simplesmente deixa a lâmpada acesa durante a noite.
- O trajeto deve ser totalmente desobstruído, sem tapetes, fios, móveis.
O segredo da juventude eterna não é fingir que a velhice nunca chega. Chega para nós, para nossos familiares e para quem mais tiver sorte. Fazer vista cansada para a última e cada vez mais longa fase da vida pode fazer com que ela não seja aproveitada em sua plenitude. Da mesma forma que a desinformação e a falta de cuidado atrapalham na infância, adolescência e vida adulta, também podem prejudicar os idosos. Mas muitas vezes a simples aceitação da necessidade de adaptações cotidianas pode ser dolorosa para toda a família. “Ajuda precisamos todos, sempre, em qualquer fase da vida. Então, não é uma coisa estranha que alguém precise de alguma colaboração em alguma coisa”, lembra a psicanalista Délia Goldfarb, diretora da organização Ger-Ações. Não é estranho, mas reconhecer e aceitar as novas necessidades costuma ser difícil.
Perceber que adaptações simples, como ver que o tapetinho da sala pode estar se tornando uma ameaça à segurança de um familiar – ou à sua própria – é um processo doloroso, que mexe com a dinâmica dos relacionamentos. Mas é o primeiro e importante passo para realizar adaptações para evitar acidentes e promover qualidade de vida. A mortalidade de idosos com 60 anos ou mais por quedas, no Estado de São Paulo, aumentou quatro vezes nesta década, segundo balanço da Secretaria de Estado da Saúde. O índice passou de 7,6 óbitos por 100 mil idosos em 2000, para 28,4 mil em 2008. As quedas, por definição, são causas evitáveis. E a maior parte delas acontece em casa.
Mesmo as quedas mais leves podem ter consequências. “Quem cai fica com medo e vergonha de cair de novo. Isso leva a um círculo vicioso, porque a pessoa começa a se restringir em termos de atividades. A inatividade gera imobilidade, que por sua vez diminui a força, a massa e o tônus, e aí, vai cair de novo”, diz Sérgio Paschoal, coordenador do programa de prevenção de quedas do Hospital das Clínicas, em São Paulo. “Aí a família superprotege, começa a só deixar sair acompanhado. Além de tudo leva a isolamento social, depressão e até institucionalização”.
Chegando lá
A parte prática das adaptações pode ser muito mais simples do que a conversa familiar necessária para chegar lá. “À medida que o tempo passar, você vai precisando de mais recursos para fazer as coisas com segurança. A questão é se você tem ou não consciência desses recursos. Se a pessoa é consciente e com bom senso, vai construindo essas adaptações. E se existe um bom diálogo familiar, vai construindo essas adaptações com a família”, explica Délia. “Agora, se é uma família altamente conflitiva – porque um pouco todas são –, onde nunca houve diálogo sobre as necessidades de qualquer um de seus membros, e as necessidades não foram respeitadas, aí o diálogo vai ser mais difícil e o processo de criar adaptações também.”
Se a conversa em casa estiver muito complicada, a saída é procurar a ajuda de profissionais. “Se a família sozinha não consegue produzir essa mudança ou a produz com um custo emocional alto demais, se alguém está sofrendo muito por isso, existem profissionais que orientam, que ajudam, que apóiam. Hoje em dia na gerontologia tem muitos profissionais que se dedicam exatamente a essas intervenções familiares de acompanhar essa mudança, que vão construindo caminhos para esse diálogo que falta”, orienta Délia.
Fonte:. http://delas.ig.com.br/casa/arquitetura/adaptacoes+em+casa+ajudam+a+garantir+velhice+saudavel/n1237726491017.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário